domingo, 9 de novembro de 2008

QUARTA-FEIRA - 23 DE ABRIL (MANHÃ)





Reservamos o dia para darmos uma escapadinha em direção sudeste, e conhecermos as magníficas Lagunas Altiplânicas e o Salar do Atacama propriamente dito.
Para chegar às primeiras, segue-se por uma estrada asfaltada até o povoado de Socaire, passando pelo oasis de Toconao. Após Socaire, há um trecho em estrada de chão, de 15 km, que nos últimos trechos se transforma em uma subída relativamente íngreme e com trechos bastante ruins para circulação, com as famigerada "costeletas" (sequência de montinhos que atravessam toda a estrada fazendo o carro tremer igual pessoa apaixonada no primeiro encontro - hehehe). De qualquer forma, mesmo nosso "carro baixo" superou o caminho sem maiores dificuldade, embora a primeira marcha fosse exigida em grande parte do final do percurso, dado não somente ás condições da estrada, mas também à altitude e ar rarefeito, que, como já expliquei, dificulta a queima do combustível.
De qualquer forma, ao vencer a subida, chegamos ao modesto portal de entrada do parque, onde paga-se uma taxa de acesso de $2.000 pesos. A partir dalí, o visual, que já era belo durante a subida, passa a ser simplesmente exuberante (vejam o contraste das cores nas fotos).
As duas Lagunas, chamada Miscanti e Meñiques, localizam-se a mais de 4.000 metros de altitude, rodeadas por picos magníficos, dentro da Reserva Nacional Los Flamencos.
Há muito tempo, a água proveniente do degelo dos vulcões Miscanti e Meñiques escoavam livremente em direção ao Salar do Atacama, mas uma erupção do Meñiques, ocorrida há cerca de ummilhão de anos provocou o represamento das águas, dando origem às Lagunas.
Tivemos o prazer de visitar o local cedo pela manhã, e com isso podermos aproveitar com exclusividade a paz e sossego do local. Quer saber? Na minha opinião, esta foi a paisagem mais deslumbrante de todo nosso passeio.
Assim como foi um pouco difícil chegar, foi ainda mais difícil sair do parque, pois a vontade é de ficar lá...

Assim, acabamos por retornar, sendo que durante a descida alguns de nós sentiram um pouco o efeito da altitude, como cefaléia, aumento da pressão ocular, e tontura.
Regressamos, então, para a visitação do Salar do Atacama, mas nos foi informado de que o local é mais propício à visitação ao final da tarde, para apreciação do por do sol. Assim, retornamos até Toconao, vilarejo próximo ao Salar, considerado um oásis, uma vez que tem águas doces que permitem o cultivo de frutas (peras, ciruellas e uvas), onde se localiza a "quebrada de Jere", ponto de visitação turística.
Fizemos hora no povoado, onde tivemos um contato mais próximo com Lhamas (bicho um tanto feio e esquisito). Quem for até lá, com certeza conhecerá a "makarena" nome dado a uma lhama do local que adora entrar nas lojas, mas de uma forma bem comportada, aparentemente.
A visita ao Salar, descreverei no próximo tópico.

Um comentário:

Ronny Ventura disse...

Caramba gostei muito de ler os relatos dessa viagem.

Sou louco pra fazer tudo isso só que de moto.

Um dia realizo esse sonho. Sou meio porra louca mesmo.

Abração a todos!