quinta-feira, 11 de setembro de 2008

SEGUNDA-FEIRA – 14 DE ABRIL



Acordamos cedo, o céu se encontrava totalmente aberto, sem nuvens, prenuncio de um dia gelado. Realmente o gramado em frente às cabanas se encontrava coberto pela geada. Acionei o motor do carro, funcionou perfeitamente, mas quando fui esguichar água no parabrisa, não saiu nada, pois ela estava congelada dentro do reservatório. Como o carro funcionava perfeitamente, seguimos para Mendoza. Duro foi manter as mãos ao volante, muito frio, até que o ar condicionado funcionasse a pleno vapor.

Chegamos em Mendoza, e fomos ao Wall-Mart fazer compras para os dias que ainda passaríamos em Potrerillos, especilmente Carne e Vinho. O vinho é muuuuito barato, chegando a menos de um terço do preço no Brasil. Saindo do mercado, naquele bate-papo normal, fomos flagrados em uma blitz. Ao ver os policiais, me dei conta da distração: esqueci de ascender os faróis (obrigatório mesmo durante o dia). Tentei explicar que havia saído do mercado, e que acenderia os faróis assim que chegasse á Rodovia, mostramos as compras, mas não teve jeito: o cara falou novamente em multar. Ai, não tive dúvidas, desci do carro, e perguntei ao cara se eu poderia pagar a multa ali mesmo, já que “estávamos de passagem” e não poderíamos perder tempo. Ele retrucou que sim, seria possível, mas disse que “não poderia dar recibo” (que cara de pau). Falei que não teria problemas, ao que ele pediu 100 pesos, respondi dizendo que só tinha 50, ele aceitou, e assim acabamos nos tornando contraventores (detesto essa situação, mas não vimos outra saída).

Seguimos em direção ao centro de Mendoza, onde fomos ao Banco pagar a multa da sexta-feira. Ato concluído, tomamos o rumo de San Martin, buscar a carteira de motorista apreendida. Chegamos a Delegacia indicada, e o documento não estava lá. Constatamos que havia inúmeras carteiras de motoristas brasileiras apreendias, dentro de uma caixa de sapato, provavelmente de outros turistas como nós, mas que não foram buscar o documento. Imaginei que o pessoal foi embora sem pagar a multa, munido da carteira internacional, provavelmente. Devem ter tirado uma segunda via no Brasil.
Fomos então encaminhados a uma segunda delegacia, onde finalmente recuperamos o documento. Retornamos à Potrerillos, e assim terminou nosso dia.

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