terça-feira, 23 de setembro de 2008

SEXTA-FEIRA – 18 DE ABRIL




Após o café da manhã, saímos para um passeio a pé no centro de Santiago, munidos de um guia impresso, e um mapa cedido pelo hotel.
Como optamos por um hotel bem localizado, não houve qualquer dificuldade para perambularmos pela cidade.
Algumas coisas chamam atenção, de cara, em Santiago. É uma cidade ordeira, embora a disposição das ruas (transversais, paralelas ou becos) não sigam a lógica de uma cidade planejada, o que torna o “rodar” e a localização um pouco mais difícil do que em Buenos Aires. As ruas estão inundadas de carros asiáticos (vimos muitos Hyundai, Kia, Nissan, e principalmente Toyota, que domina as ruas com o compacto Yaris), mas de forma geral a diversidade de marcas e veículos é muito superior ao que vemos no Brasil. Isso se deve ao fato do país não possuir montadoras locais, o que libera a importação de uma maior variedade de modelos, sem necessidade de altas taxas de importação para “proteção da industria nacional). Isso faz com que um carro como o Yaris (que, em termos de categoria, equivaleria ao Ford Fiesta), seja vendido por meros 22 mil reais (já feita a conversão). Outro detalhe, é que o povo Chileno é, digamos, “menos gracioso” que o Argentino ou Brasileiro (espero não estar sendo politicamente incorreto...rsrsrs).
Ah, tem mais um detalhe: ao andar pelas ruas de Santiago, tome cuidado, pois algumas delas parecem “calçadões”, típicos das grandes cidades brasileiras, calçadas de forma bastante semelhante, e diferente das ruas. Preste atenção, então, para não se surpreender “andando” (ou sentado, como nosso amigo aí da foto...hehehehe)em plena avenida....

Nosso primeiro destino ao grande centro de Santiago foi o Palácio de La Moneda, sede do governo chileno, localizado em frente à Praça da Constituicion. Construído originalmente para ser a Casa da Moeda local, foi erguido entre os anos de 1786 e 1812, e transformado em sede do governo em 1845. Traz um simbolismo histórico recente, por ter sido o local onde morreu Salvador Allende, o primeiro marxista a ser democraticamente eleito em um país da América Latina. A morte se deu em 1973, e até hoje existem versões discordantes entre ele ter se suicidado, ou então assassinado pelos golpistas comandados pelo General Augusto Pinochet, posteriormente ditador chileno.
Na praça, em frente ao palácio, há uma estátua homenageando Allende.
Dali seguimos até a famosa Plaza de Armas, ponto de referência da cidade, não apenas geográfico, mas também político, histórico, religioso e social. A partir dela que a cidade foi fundada em 1541, pelo espanhol Pedro de Valdivia (não confundir com o “palmeirense” Valdívia, aquele jogador de futebol murrinha). Vale, e muito, a visita à Catedral Metropolitana, que é de uma beleza extraordinária. Sentamos em um café, para apreciarmos o café Chileno e observarmos o movimento na praça (até parece que todo habitante de Santiago passa por ali, ao menos uma vez no dia). Estávamos próximos ao horário de almoço, e seguimos então para o Mercado Central, onde se destacam os preços camaradas de peixes e frutos do mar, e a diversidade impressionante de frutas, seja cristalizadas ou in natura.. Ali sofremos com o assédio dos garçons, oferecendo seus serviços. Enfim, acabamos encontrando um restaurante agradável, onde negociamos um bom preço (neste ponto – custo da alimentação – o Chile fica muito a dever à Argentina). Os pratos foram variados, entre um bom salmão até um belo risoto de frutos do mar. Após bebermos algumas cervejas, tivemos ainda a oportunidade de experimentar o famoso Pisco Sour, semelhante á nossa caipira, mas com um toque chileno. E não é que o danado provoca um bom efeito??? (haja visto a “alegria” com que todos saímos do restaurante, hehehe)... após o almoço uma passadinha rápida em uma Adega, para comprar alguns vinhos para noite e também algumas garrafas de pisco para trazermos para o Brasil. Sobrou tempo ainda para, no final da tarde, darmos um belo passeio pelo cerro de Santa Luzia, um lugar muito agradável, de onde se tem uma bela vista da cidade. É uma pena que o clima mais seco concentrava muito a poluição, o que dificultava a visão, ao fundo, da Cordilheira dos Andes.

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