segunda-feira, 25 de agosto de 2008

SÁBADO – 12 DE ABRIL




O passeio pela região vinícola de Mendoza é maravilhoso. O aroma dos parrerais se faz sentir mesmo dentro do carro com os vidros fechados. As vinícolas, chamadas de Bodegas, se distribuem em uma região chamada Luján de Cuyo e Maipu, e a região de Mendoza produz mais de 70% da produção anual de vinho da Argentina. Destaque para a uva Malbec. As bodegas são inúmeras, e entre as mais conhecidas de nós, brasileiros, são a Finca Flichmann, Norton, Chandon e Família Zuccardi. Se o turista tiver preferência em conhecer alguma delas especificamente, convém consultar os horários de abertura ao público. Todas envolvem degustação, e a explanação sobre os processos produtivos.

Visitamos duas vinícolas, a primeira chamada Cavas de Don Arturo, onde fomos recepcionados pela simpática Silvina. Lá, provamos e compramos o vinho que, na minha opinião, foi o mais saboroso entre todos os que degustamos na viagem (e não foram poucos). Depois, seguimos até a Finca Flichamann, uma Bodega maior, com uma produção enorme, exportada para diversos países.

Seguimos o passeio pela bela região, com ruas arborizadas, e almoçamos no restaurante Casa de Campo, lugar muito aprazível e com um ótimo cardápio e um excelente vinho da casa. Chamou-nos atenção o leito absolutamente seco do Rio Mendoza, rio formado pelo degelo dos Andes. Como estávamos no início do outono, o leito deve ficar lá, aguardando as novas nevascas e o início do degelo da nova estação para escoar novamente. Após, seguimos viagem para Potrerillos, vilarejo a 63km de Mendoza, sempre seguindo a Ruta 7, em direção ao Chile. O caminho começa com uma suave subida, onde a visão dos Andes se descortina, com seus cumes nevados, e uma visão paradisíaca. Potrerillos é uma vila com pouco mais de 500 habitantes, localizada a 1350m de altitude, próximo ao Dique de Potrerillos, uma barragem que represa uma imensa quantidade de água, também formada pelo degelo Andino.

Seguimos mais 8km para a “região rural” de Potrerillos. O local se divide em várias vilas, com excelentes e variadas opções de pousadas, a maioria composta de Chalés bem estruturados e extremamente baratos. São as vilas e El Salto, Lãs Vegas, Valle del Sol e Piedras Brancas (acesse www.potrerillos.com.ar para maiores informações).

Ficamos em Piedras Brancas, nas Cabanas Villa Campestre, de propriedade dos receptivos e simpáticos Toni e Gabriela. Vale uma descrição do local: situada em um lugar com vista maravilhosa da cordilheira pré-andina, a cabana é construída em tijolo, dividida em uma sala-cozinha com lareira, aquecedor elétrico e água quente. São dois quartos, onde seis pessoas podem se instalar com tranqüilidade (o custo não aumenta com mais pessoas, mantém-se o mesmo, ou seja, 150 pesos a diária (isso mesmo, pouco mais de 90 reais – para quatro pessoas, que foi o nosso caso). Além da cozinha equipada, também há serviço de TV a cabo, e externamente uma churrasqueira para fazer aquela deliciosa Parrillada, e uma piscina (nessa época, e com esse frio? passamos longe). O dia estava para anoitecer quando nos instalamos Neste dia, a temperatura baixou bruscamente, e se aproximou “perigosamente” de zero grau. Com a cabana devidamente aquecida, de banho tomado e bem agasalhados, providenciei o chimarrão, enquanto preparávamos o jantar, regado ao bom vinho da Cavas Don Arturo.

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